sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Editorial 22/08/2009




Bem amigos d’O Alfinete, estamos aqui para mais um clássico brasileiro Globo e Record.

Parece inicio de jogo de futebol, mas será que não é?

Tem juiz, bandeirinhas, hum... não parece mais com jogo de xadrez...

Independente, mais uma vez o povo brasileiro é vítima da grande mídia que tenta a todo custo ficar em primeiro lugar no ibope, ou seria no poder? Ou junto ao poder?

Enquanto milhares de pessoas ouvem os pedidos de donativos para a igreja ou para campanhas de ajuda às crianças como fazem as duas empresas, os donos ficam, a cada dia que passa, mais ricos.

Desta vez foi o Ministério Público que começou a procurar problemas contra as empresas do “Bispo” Edir Macedo, mas não estou falando da religião, coisa que o próprio Bispo abomina (entrevistado pela Rede Record no último domingo, 16/08), estou falando sim do problema de utilizar dinheiro que deveria ser destinado às obras sociais da Igreja Universal do Reino de Deus, para, enriquecer, supõe o ministério público, os Bispos e pastores mais próximos ao dono da Record.

Mas não pense que a Globo é “Santa”, porque não é.

Há um documentário chamado “Muito Além do Cidadão Kane”, que até o momento é censurado pela própria Rede Globo. Este documentário foi produzido pela BBC Londres, dirigido por Simon Hartog, já falecido, trata da ascensão de Roberto Marinho e da rede Globo no país e seu envolvimento nos bastidores do governo. E os direitos de exibição, segundo uma matéria da Folha de São Paulo e da www.adnews.com.br, acabam de ser comprados pela TV do “Bispo”.

Existem livros sobre as duas redes ("Dossiê Geisel" - Editora FGV, 1984; “Afundação Roberto Marinho”, de Roméro da Costa Machado, e “Rede Record - 45 Anos de História”, 1999, autor Rede Record; "O Bispo - A História Revelada de Edir Macedo", por ele mesmo).

Todos eles podem ser encontrados em bibliotecas, lojas de livros usados ou na internet, para download. Mas é bom avisar os mais “globalizados” e “recorderizados”: os textos são chocantes. Tive acesso a algumas sinopses e entrevistas e foi suficiente para assim classificá-los. Vou lê-los por pura fonte de informação e compreender melhor os bastidores de nosso governo e a mídia.

Pergunto-me, e agora, Arnaldo César Coelho? “A regra é clara!” Poderá haver uma política de boa vizinhança entre as duas emissoras e acabar tudo como no Senado. “Chame as Pizzas”! Ou, será que as coisas irão esquentar? A guerra pelo poder continua. Uma poderá cair, mas logo outra chegará ao topo e, assim é a guerra. Mas como dizem os comentaristas esportivos: “o jogo só acaba quando o juiz apitar”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Editorial 15/08/2009


A discussão sobre as drogas parece não ter fim: elas têm um uso muito difundido em todo o mundo, e muitas vezes, estão ligadas à violência e ao crime organizado.
Enquanto algumas pessoas acreditam que a solução seria criar uma política de descriminalização das drogas, outros apóiam um maior controle policial na guerra contra as substâncias ilegais.
Independente disso, o que mais acontece para a compra das drogas, lícitas ou ilícitas é a violência que aumenta dia após dia em todas as cidades.
Não é difícil assistir ao noticiário da noite e se deparar com tiroteios entre policiais do Rio de Janeiro e traficantes. Mas e em São Paulo?
Estes dias, em uma emissora de televisão, passou a ação conjunta da polícia do Rio e do Pará contra um miliciano, um dos mais procurados do Estado do Rio, parecia coisa de novela.
Mas será que São Paulo não tem mais o estigma da violência? Claro que tem, mas a imprensa paulista esconde tudo, da melhor maneira possível, isto é, não divulgando.
A crescente onda de violência por causa de drogas, já está chegando nas cidades interioranas com uma forte crista, nela é possível ver ataques à pessoas idosas, pobres e até doentes, e pior, machucam ou matam estas pessoas por pouca coisa, para poder vender o produto roubado em troca de algumas “pedras”.
Em Bauru, alguns dias atrás, dois rapazes foram abordados por criminosos, que os espancaram e levaram os pares de tênis, celulares e documentos. Agora, para quê os assaltantes queriam pares de tênis usados?
Em Pirajuí não é diferente. No Jardim Paraíso não é difícil ouvir reclamações de moradores sobre pequenos furtos, como cadeiras de varanda, pares de tênis que estavam secando, sacos de cimento... O que será que a pessoa que rouba este tipo de mercadoria faz? Para onde vão os produtos de roubo?
O fator primordial para o término deste tipo de violência é colocar a polícia na rua. Se houverem rondas policiais (como antigamente, lembram?) pelas ruas da cidade em diferentes horários, com certeza os furtos diminuirão. Vale lembrar que os roubos às propriedades agrícolas também aumentaram. Por que será?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Editorial 08/08/2009


Há mais ou menos quatro mil anos um jovem chamado Elmesu, na Babilônia comemorava o primeiro Dia dos Pais que se tem notícias. Segunda a história ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente.
O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa foi o símbolo oficial do evento. Aos pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.
No Brasil os pais demoraram um pouco mais para receber a homenagem. Foi a partir de 1953 com a iniciativa partiu do jornal O Globo do Rio de Janeiro, que se propôs a celebração em família, baseado nos sentimentos e costumes cristãos. Primeiro, foi instituído o dia 16 de agosto, dia de São Joaquim. Mas, como o domingo era mais propício para as reuniões de família, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto.
Em1955 a data foi formalmente comemorada pela primeira vez em São Paulo, pelo grupo das Emissoras Unidas. As gravadoras lançaram quatro discos em homenagem aos pais. O maior sucesso foi o baião É Sempre Papai, com letra de Miguel Gustavo, interpretada por Jorge Veiga. O Dia dos Pais acabou contagiando todo o território brasileiro e até hoje é comemorado no segundo domingo de agosto.
Além do Brasil e dos Estados Unidos muitos países tem datas especiais para homenagear os pais. A Inglaterra e a Argentina também comemoram a data no terceiro domingo de junho. Na Itália e em Portugal, a homenagem acontece no Dia de São José, 19 de março. Na Austrália, é no segundo domingo de setembro. E na Rússia, no dia 23 de fevereiro.
E para marcar esta data tão festiva iniciada com ideais cristãos, lembre-se de hoje abraçar a quem te deu a oportunidade de estar neste mundo. Se não estiver mais entre nós, visite um dos asilos da cidade. Tenho certeza que terá alguém que não recebeu nenhuma visita e que ficará muito feliz com a sua presença.
E a nós do O ALFINETE só nos resta desejar um Feliz Dia dos Pais!

Editorial 01/08/2009


“É natural que todos os dias chegue do interior um telegrama alarmante denunciando o recrudescer do verão bravio que se aproxima. Sem mais o antigo ritmo, tão propício às culturas, o clima de São Paulo vai mudando.
Não o conhecem mais os velhos sertanejos afeiçoados à passada harmonia de uma natureza exuberante (...), de modo a permitir-lhes fáceis previsões sobre o tempo. As suas regras ingênuas enfeixadas em alguns ditados que tinham, às vezes, rigorismo de leis falham-lhes, hoje, em toda a linha (...)”.
Assim começava o texto Fazedores de Desertos, de Euclides da Cunha, publicado pelo Jornal O Estado de São Paulo de 22 de outubro de 1901.
Apesar de as palavras serem escritas em português antigo, dá para entender bem o que estava acontecendo há mais de um século.
Desde aquela época, os problemas de meio ambiente alarmavam as pessoas, mas parece que ninguém aprendeu, continuamos a jogar lixo em qualquer lugar e não pense que é só o lixo que traz problemas para o nosso meio.
Meio ambiente não são só as florestas e animais, dele também fazem parte todos os espaços que utilizamos, casas, ruas, praças, estradas...
É interessante como ninguém joga lixo na sala de casa, mas na rua... é outra história.
E... aquela pessoa que gosta de colocar o som do carro no último durante as madrugadas, mesmo sabendo que as pessoas estão cansadas e tentando dormir, mas e daí? eu quero mostrar o “sonzão” que eu tenho. A poluição não é só a fumaça, mas som alto é poluição sonora, pixação é poluição visual, entre outros exemplos...
Mas as situações de desagravo ao meio ambiente não param por aí. Há algumas semanas O ALFINETE divulgou o caso de um trailer abandonado, mas não era só ele que estava ao léu. Existem alguns carros estacionados há tanto tempo em algumas ruas da cidade que estão juntando lixo e mato por baixo.
Enquanto muitos municípios aprovam leis que proíbem a queima do lixo, em Pirajuí não é díficil ver no bolsão de galhos na Vicinal Anibal Haman, fogo e fumaça no decorrer da semana. Além disso, a poda feita pela prefeitura em muitas árvores na cidade mais parece a tentativa de cortá-las. Aliás, este serviço de poda segue algum critério ambiental? Quem orienta?
O que se pode fazer é começar um trabalho por nós mesmos. Evitar o desperdício, cobrar ações que minimizem os problemas gerados e assim, deixar algo de nobre para as próximas gerações. Pelo menos o exemplo.